A evolução da relação de trabalho e gestão

Embora a filiação a sindicatos tenha diminuído para níveis não vistos desde o início do século 20, a relação entre administração e trabalho não se parece em nada com 100 anos atrás. Os trabalhadores agora têm mais participação nas empresas em funcionamento e as leis trabalhistas os protegem da exploração. No entanto, a tendência de evitar uma força de trabalho sindicalizada costuma ter efeitos negativos sobre a produtividade.

História

A história da relação entre trabalho e gerência começou em meados da década de 1860 com a Revolução Industrial. A migração em massa de trabalhadores das áreas rurais para as áreas urbanas levou a um excedente de mão-de-obra e a uma dura concorrência entre as fábricas. Em geral, poucas leis existiam para proteger os trabalhadores, e os empregadores concentraram-se em cortar custos em vez de cuidar de seu pessoal. As empresas muitas vezes demitiram trabalhadores por participarem de atividades sindicais. O primeiro sindicato nacional, os Cavaleiros do Trabalho, dominava as relações entre o trabalho e a administração, organizando ações políticas e conduzindo arbitragens com empresas em nome dos trabalhadores.

Segunda Guerra Mundial

O modelo tradicional de relações entre trabalho e gestão emergiu da Segunda Guerra Mundial. A América foi o único país industrializado com sua infraestrutura praticamente intacta após a guerra. Isso levou os Estados Unidos a dominar o comércio global e a prosperidade da indústria americana. A alta demanda por mão-de-obra proporcionou aos trabalhadores alavancagem significativa para barganhar por melhores ambientes de trabalho. As empresas prontamente aceitaram os sindicatos e cederam a muitas demandas, como garantias de uma semana de trabalho completa, segurança no emprego e seguro de saúde mais barato. Trabalhadores e gerentes chegaram a uma trégua morna, mas as empresas raramente envolviam funcionários no processo de tomada de decisão.

Anos 80

Os países que se recuperaram da Segunda Guerra Mundial, especialmente o Japão, reconstruíram sua infra-estrutura na década de 1970 e produziram produtos mais baratos e de melhor qualidade do que os dos fabricantes norte-americanos. A tecnologia automatizou muitos processos de fabricação. Além disso, o governo não mais protegia os sindicatos e o processo de negociação coletiva. Em 1981, por exemplo, o governo federal demitiu milhares de funcionários da Administração Federal de Aviação. Assim, muitos sindicatos se dissolveram na década de 1980, porque as empresas não precisavam mais ceder às suas demandas.

Tendências

Em 2011, a maioria das empresas tem uma relação de trabalho e gestão adversária. No entanto, esse modelo provavelmente levará ao fracasso no século XXI. Em vez disso, o trabalho e o gerenciamento precisam colaborar. Algumas empresas forjaram um relacionamento conjunto com mão-de-obra e gerência com grande sucesso. Por exemplo, a refinaria de óleo alimentar Hunt Wesson, em Memphis, Tennessee, tem funcionários formando equipes e propondo seus próprios padrões de desempenho. Hunt Wesson também dividiu os deveres do supervisor tradicional e os entregou aos membros da equipe, que rotacionam essas tarefas a cada hora. Depois de fazer essas mudanças, Wesson viu um salto de 58% no número de casos de petróleo produzido por trabalhador, uma queda de 62, 5% no absenteísmo e uma redução de 10% no desperdício de material, segundo a Restructuring Associates.

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