Os efeitos da tecnologia na ética do trabalho

A tecnologia se move em um ritmo que pode facilmente ultrapassar os padrões éticos que cercam seu uso. Os efeitos da tecnologia na ética do trabalho se movem em um ritmo semelhante, com os empregadores se movendo para estabelecer limites éticos que parecem infringir os direitos de privacidade dos funcionários e restringir as habilidades de comunicação. Essas táticas levaram a batalhas judiciais, rescisões rápidas de trabalho e reclamações feitas ao National Labor Relations Board.
Monitorando as Comunicações dos Funcionários
A tecnologia na era digital e a acessibilidade da Internet permitem que os funcionários acessem contas de e-mail pessoais e conversem com amigos e familiares de várias maneiras. Isso levou ao aumento do monitoramento por parte do empregador das comunicações dos funcionários durante o horário de trabalho, em um esforço para manter o foco dos funcionários nas tarefas do trabalho. Um dilema ético surge dos empregadores que potencialmente visualizam informações pessoais de funcionários e respeitam os direitos de privacidade. Enquanto muitos tribunais em todo o país mantêm continuamente os direitos de monitoramento do empregador, o site da Privacy Rights Clearinghouse afirma que pelo menos um tribunal - o Tribunal Superior de Nova Jersey - determinou que os empregadores podem estar violando os direitos de privacidade dos funcionários ao visualizar comunicações pessoais.
Trabalhando de qualquer lugar
Laptops e smartphones facilmente portáteis com capacidade de processamento de texto e e-mail tornam o trabalho de qualquer local uma simples questão de encontrar uma conexão Wi-Fi. A mudança de definição do local de trabalho também afeta a ética por trás do dia de trabalho padrão de oito horas. Só porque a tecnologia permite que um empregador acesse seus funcionários e solicite trabalho em todos os momentos do dia, não significa que seja a coisa ética a ser feita. Mudar o dia de trabalho para uma experiência de quase 24 horas também confunde as linhas éticas com relação à remuneração de funcionários - especialmente os empregados horistas que precisam receber remuneração por cada minuto gasto trabalhando.
Usando o equipamento da empresa
Um funcionário em posse de equipamentos da empresa, incluindo um telefone celular ou computador pessoal, pode tratar o equipamento como sua propriedade pessoal por causa da propriedade mental que ele desenvolve através do uso exclusivo. Os problemas éticos surgem quando um funcionário opta por usar esses equipamentos por motivos não relacionados ao trabalho, incluindo a busca por um novo emprego ou a aceitação de chamadas pessoais. Um empregador deve desenvolver uma política clara sobre o uso de equipamentos da empresa emprestados a um funcionário para fins comerciais. Isso permite que um empregador defina o padrão ético em relação ao uso da tecnologia.
Sites de redes sociais
Os sites de redes sociais podem se tornar campos de batalha tecnológicos entre os funcionários e o pessoal de gerenciamento. O monitoramento das páginas de redes sociais de funcionários tornou-se uma tática popular para administradores e proprietários de empresas, além de ter confundido as linhas quanto à conduta aceitável no local de trabalho e o que constitui uma rescisão legal. De acordo com o site Employer Law Report, em fevereiro de 2011, a National Labour Relations Board resolveu uma queixa contra a American Medical Response de Connecticut, Inc. pelas políticas excessivamente restritivas da empresa em relação a blogs, postagem de funcionários em sites de redes sociais e desligamento de funcionários que falavam mal sobre o negócio ao usar uma plataforma de rede social.